sábado, 20 de junho de 2009

debaixo do tapete quase imóvel no chão,
se pode ver além de poeira,
ao me dar de cara com uma escada
que me leva por montanhas que se parecem
com capacetes de guerra enfileirados no chão,
num canto,
mas não abandonados,
serviam de encosto pra todos que ali passavam.

os galhos da árvore de plástico
cobrem a lua,
uma luz parece mirar sem direção.

onde me deito,
já faz um bom tempo,
os sapatos nos cantos
são sempre bem vindos,
as roupas estão em forma de bola de meia.
meia-noite, vou sair por aí.

o limite do que não parece evoluir,
algo parece me afastar,
o medo do que não se pode tocar,
criar um entregador que arremesse coisas
nas caixas de correio.

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