segunda-feira, 29 de junho de 2009

Hoje, eu começo meu texto de forma diferente, talvez não faça sentido, como eu acredito que quase nunca faz sentido.
"anjos em queda livre, o céu abaixo do nível do mar..." ♪

Sábado, meu primo veio em casa, já esperava por ele, mesmo quando caia aquela forte chuva. Ele chegou aqui querendo logo entrar, pois a chuva era insuportável pelo tempo fria.
Esperavamos também por nossa amiga, que estava combinado nos trazer "leveza", "leveza" que você sabe que as vezes faz bem, mas nem sempre te faz crêr que aquilo pode te dar poder.
Esperavamos por ela, quando ela conseguiu entrar em contato comigo, dizendo que não dava pra ela vir, a chuva já era ainda menos agradável pra arriscar sair a pé por aí.
Aí então, eu e meu primo resolvemos chumar um charuto de chocolate, que ganhei da minha namorada. Charuto de chocolate, que de chocolate só tinha o cheiro antes de asceso.
Para acompanhar, abrimos uma garrafa de vinho e ficamos falando sobre a vida, sobre nossos amigos, sobre o que a gente pensa sobre tantas coisas. O barulho da chuva se misturava com as músicas do Engenheiros do Hawaii, que sempre é bom ouvir.
Foi uma tarde diferente das que sempre passo aqui, pude sentir o grande valor que é ter alguém do seu lado pra conversar sobre tudo que pensa, sobre suas saudades, saber o que ele acha de sua opinião.

Juliano, foi uma tarde boa. Espero que a gente ainda vá acampar com o resto da galera e que tenha muita "leveza" a nossa espera. haha
Valeeu!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

e você, muleque,
meu irmão.
hoje, como sempre,
quero que volte.
te pergunto como se fosse pedir
pra não se esquecer,
que espero tanto que volte.

se lembra de um dia
que pensavamos na hipótese,
de que caisse chuvas de canivetes?
passavamos a tarde sempre pensando em algo quase impossível,
que pra alguns poderia ser o fim do mundo,
mas pra gente,
motivo de gargalhada bem alterada.

se eu for até você,
você não vem
e se não vem,
deixariamos de estar todos reunidos.

se você voltasse,
te deixariamos que voasse
e ao se adaptar ao vento,
nos convidasse pra voarmos ao seu lado.

rimão, tá aqui no coração.

sábado, 20 de junho de 2009

debaixo do tapete quase imóvel no chão,
se pode ver além de poeira,
ao me dar de cara com uma escada
que me leva por montanhas que se parecem
com capacetes de guerra enfileirados no chão,
num canto,
mas não abandonados,
serviam de encosto pra todos que ali passavam.

os galhos da árvore de plástico
cobrem a lua,
uma luz parece mirar sem direção.

onde me deito,
já faz um bom tempo,
os sapatos nos cantos
são sempre bem vindos,
as roupas estão em forma de bola de meia.
meia-noite, vou sair por aí.

o limite do que não parece evoluir,
algo parece me afastar,
o medo do que não se pode tocar,
criar um entregador que arremesse coisas
nas caixas de correio.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

hoje estou aqui,
amanhã sei lá,
onde posso estar?
talvez não me encontre
vai ver eu esteja longe.

no corredor,
onde se vê a cidade inteira
coberta por neblina,
você está distante dos olhos dos outros,
só você pode observar.

desce pela estrada,
voltando para casa,
devagar,
já estamos quase lá,
até amanhã, sei lá.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

se preciso de mais atenção,
se estive com pouca precisão,
eu envelheço, como se fosse melhor não crescer,
tenho estado em meio a tantas pessoas diferentes,
que não sabem como sou,
nem como vim parar aqui.

estranho, como estar triste sem saber porque.
tudo bem?
posso te encontrar?

meus amigos estão a procura de novas chances,
eles desviam como se fossem alvos,
de algo que não se parece com nada,
tudo é a nossa estrada.

seu disparo contra o tempo,
é o sopro do vento,
não se assuste como se estivesse sem sua riqueza,
sua riqueza quem pode roubar?
podem levar.

sua casa está aberta,
deixa a luz
e o calor do Sol entrar,
não podem levar,
o que tem guardado na memória.

domingo, 14 de junho de 2009

tudo está normal,
tudo está se parecendo com música internacional,
que eu sempre não sei a tradução.

os sinais de matemática são confusos
e inconfundíveis ao se ver,
a água em estado sólido,
posto a luz do Sol
e logo se pode beber.

e nós, estaremos entrando em estado de fusão?
já estamos indo pra outra estação?
estariamos mudando de alguma forma?
estariamos sendo pessoas menos frias?
tentaremos confiar em outras?

se eu não arriscasse com ela?
se eu ouvisse meu amigo?
se eu fosse imortal?
eu tentei e estou tão bem.

agora já não é mais carnaval,
são tempos de frio,
um bom som ao vivo.

estou com ela,
um som agradável a luz de vela.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

se fosse assim todo dia,
não seria um cara com quem alguém queria conviver,
se eu fugisse do que não consigo,
eu diria a mim mesmo: ' você não é fraco ',
porque eu quero tanto sentir?
vou aprendendo com isso.

se você pudesse se dar conta,
de como esta se culpando,
não é só você que tem problemas,
talvez esteja preocupado,
e tenha medo de não encontrar a solução,
só o que eu quero agora
é lembrar do dia
e esquecer a hora,
digo que eu estou bem,
digo que vim te ver.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

tem coisas que é inevitável,
tem coisas que não se pode pensar no quanto,
num canto vazio e sozinho.

te faço de minha querida,
te peço que me abrace,
se te digo que estou bem,
é porque talvez não sei como seria sem você.

se é melhor que fingimos que estamos bem,
então, peço que me veja como sou,
sou assim, de tal forma que te faço bem
que não me esqueço que só você me faz assim.

não consigo te ver,
sem poder te olhar nos olhos,
sem poder tocar em seu rosto,
sem te ter encostada em meu corpo.

terça-feira, 2 de junho de 2009

você se faz de desentendida,
me olha de forma tão agradável,
você parece que sabia
o dia que eu voltaria,
domingos tão agradáveis que passavamos juntos
em volta da mesa,
você ria, eu me engasgava,
você ficava quieta e eu só te olhava,
eu te servia e você me agradecia.

você me olha de forma tão agradável,
se tudo voltasse a ser com era,
talvez eu pudesse sair dessa escura
e tão perigosa caverna,
que me assusta.
eu só estive nela
para não ver o que acontecia,
só ontem, quantas vindas
já não são mais vidas?

eu sempre quis voltar
e acreditava que algo ia mudar.